O TEMPO
A VIDA E A MORTE
(Ps/296)
E... O tempo adormece
... Junto ao varão que sempre reinou.
Numa tarde, ao ver o mar, fez uma prece,
Baixou seus olhos viu que o tempo passou.
- Porquê essa ira, Senhor Deus?
Não vê a saga do corpo do espírito dessa alma,
Essa dor que invade entranhas e ossos?
-Tire-a, eu imploro e se preciso, rasga-me a carne.
No silêncio, da angústia que mata lento,
A sede, "metempsicosamente" perdura
Como um horror cinzento de um furacão,
No rosto empalidecido de dor em expressão.
Dualidade! Uma reta segue e outra finda.
Comparação do existir.
Inglório fim, eis o que é a vida!
Um ser inerte, "et'il, ne voulait pas mourir".
(Tempos de sofrimento e muita dor)