Plástico bolha

Fora de mim há uma partitura do que sou e sinto.

Nela outro mundo que a música da vida incendeia.

Luzes ofuscadas e generosas doses de absinto

Em delírios escuto tua voz com a concha na orelha.

No guardanapo faço poesia pra não me aborrecer,

Rabisco. Amasso e raivoso rasgo a folha.

Baixo a cabeça dolorida sem entender,

Pensativo, destruo imaginárias células de plástico bolha.

Ondas madrugadas de verão me remetem ao paraíso.

A memória alcoolizada e seletiva não apaga.

Ainda vejo amor, areia, sal e sorrisos.

Sol e corpos bronzeados na superfície da água.

Dayde W Nikolas
Enviado por Dayde W Nikolas em 26/08/2015
Código do texto: T5359494
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