"Não É Nada"

No momento triste ou quase eterno

De se abrir os olhos e ver

Que a tempestade não passou

O desamparo continua

A tristeza ainda grita junto à dor

Querer já não basta

Pois a solução agora tarda

Dói na mente, dói no corpo

Ser ouro mas insistir

Em sorrir como se fosse prata

O ar parece árduo

Os batimentos até caçoam

Beleza no simples nem percebe

O cinza permanece

Nada mais tem constância

Pouco lembra antigamente

E o antigamente já se foi

Não volta mais, mas o pior continuou

O momento se torna peso .

Qual a vantagem de se sentir nada

Mesmo sendo muito,

Porém com o descaso próprio

De ser cego para si ?

Olhar para trás piora tudo

Olhar para frente não adianta tanto

O esconderijo deixa de ajudar

Os cantos parecem armas a apontar

Na direção errada que parece certa

Nem as nuvens do céu

Ou a lembrança de flores vivas

São boas recordações .

Cachos, semelhança , ajuda ou voz

Soam como chance até incerta

Ou talvez como atalho

De quem busca se livrar

Do que para si é desamparo.

Que sentido eu pus

No caminho que escolhi

Tudo parecia certo

Mas agora parece errado

Quem sabe palavras não dirão

Quais respostas quer

O que chamo de razão.

Edilson dos Santos
Enviado por Edilson dos Santos em 25/08/2015
Reeditado em 25/08/2015
Código do texto: T5359286
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