HORAS MORTAS
Abri uma janela na madrugada
e meus olhos para o luar...
depois conversei com as estrelas
e esperei a noite insone passar.
Tão enfeitiçados estão meus olhos
pela beleza da luz estelar
que um brilho neles se reflete
e adorna meu bem-estar.
Enquanto a brisa acaricia a minha face,
a noite se escoa, negligente...
aos poucos vai caindo a madrugada
e minh’alma vibra contente.
Cantarei, então, todas as noites
Para encantar a minha sorte,
que a noite alta sinalize, sempre,
o rumo certo... seja meu norte.
Assim, janelas continuarei abrindo
e também algumas das muitas portas
para transitar além da noite escura
e aproveitar todas as horas mortas.