HORAS MORTAS

Abri uma janela na madrugada

e meus olhos para o luar...

depois conversei com as estrelas

e esperei a noite insone passar.

Tão enfeitiçados estão meus olhos

pela beleza da luz estelar

que um brilho neles se reflete

e adorna meu bem-estar.

Enquanto a brisa acaricia a minha face,

a noite se escoa, negligente...

aos poucos vai caindo a madrugada

e minh’alma vibra contente.

Cantarei, então, todas as noites

Para encantar a minha sorte,

que a noite alta sinalize, sempre,

o rumo certo... seja meu norte.

Assim, janelas continuarei abrindo

e também algumas das muitas portas

para transitar além da noite escura

e aproveitar todas as horas mortas.

ANACLARA RIBEIRO
Enviado por ANACLARA RIBEIRO em 21/06/2007
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