A Música dos Sinos
Parece que vivi no passado,
O toque dos sinos me cativavam,
Parece que andei pelas folhagens,
A melodia do badalar me torna viva.
Sentimento de prisão em uma torre,
E que do alto via o mundo,
Não sei porque presa,
Mas lá de cima metade viva e morta.
Estive em castelo muito frio,
Aquela vida me sorria angustiada,
Onde e em que local retorno viva.
Minhas lembranças me consomem.
Bate e toca muitos sinos,
vejo as nuvens a passar,
Gritos dos transeuntes mascates,
Burburinho de vida que renasce.
Longe bem longe da razão do raciocínio,
Perto bem perto da quebra do espírito,
Arquejo com o peso das ferragens,
Sobrevivo ao som da música dos sinos.