AUTOCRÍTICA:

Às vezes, humanamente penso,

Que somos o que jamais

Poderíamos ser.

Nesta noite indolente, sem carinho,

Sem amor (...).

Num quarto como indigente

A companhia é o terror!

Rastros, ruídos, fantasmas.

Na escuridão da noite...

O arrastar de chinelos

Na sala, ou no corredor,

São lampejos de ínfima lucidez

Na alma do pecador

Eu que sempre fui insolente, frio,

Calculista, e fingidor.

Ao ocaso não sou nada

Ao vislumbrar as entranhas

Do que deveras sou.

Nicola Vital
Enviado por Nicola Vital em 25/08/2015
Código do texto: T5359253
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