SLAV
SLAV
Dita as normas
mornas vozes
querendo nascer
fogo em olhos
do senhor da porteira
vem chegando
o comboio sedento
do que dentro
das cancelas
nada mais tem de vida
insista divisa
pela vontade de poder
pela verdade única
pela túnica branca
cruzes em chamas
flamas incoerente
de quem morreu
por toda gente
nem sempre disse
que morreu por todos
nós
que a voz do sábio
tem palavras bonitas
lindas vistas
do lado de fora
nem sempre do lado
de fora
foi sempre límpido
azul claro anuviado
tem o lado da lua
no escuro contemplo
do templo escuro da noite
tive sonhos vibrantes
de correntes de água
matando minha sede
não correntes do nada
matando minha gente
foi sempre covarde
o barco que apontava
trazia fantasmas
de piratas
o troco por pratas
e “latas” envelopes
de qualquer coisa
jogada
por troca de gente
que idiota pensou
num futuro indecente
que ente miserável
de alma empobrecida
decidiu a vida
desta forma insana
do que pele nada responde
o que torna humano
nasceu nos braços
tão longos passos
o berço de toda epopeia
é de matriz africana.