Minha ficção inédita
Minha ficção inédita
Entrelaça-se na linha do fim do mundo.
É narrativa retesa
Que curva e esperneia a memória.
É um cheiro descrito
Em verões e invernos!
Reluz e sangra,
Sente surpresa a vibração das palavras!
Minha ficção inédita
É amanhecer remanescente.
Descansa os olhos
Sobre um mar calmo,
Onde o orgasmo bate palmas,
Ri do destino trágico
Da solidão de um corpo
E acaricia a alma!
Minha ficção inédita
Envaidece-se entre
Sussurros e abismos
De palavras ilegíveis,
Pensamentos esparramados
Em cenários extraordinários
Minha ficção inédita
É início de inverno,
Se afunda em versos debruçados
Sobre escritos e impressões
Depositados no paraíso perdido!
Mas...
Minha ficção inédita
É ainda:
A tirania obsoleta da morte
O antecipar entusiasmado do pecado,
E a coragem insuflada dos querubins!