DEVIR
Embriagada de poesia
Vago pelos versos ébrios do teu olhar
Faróis intuitivos, expansivos,
Exclamativos, luxuriantes, inclinados à sedução
Delírios e provocações sensuais se materializam
Em interjeições de rubras rosas
Desenhando beijos, espalhando pétalas
Numa profusão vertiginosa de cores
Pelos oníricos caminhos dos meus sentidos
Nesse enlevo
Ultrapasso minhas fronteiras geográficas,
Minhas barreiras linguísticas
E numa desordem ordenada de fluxos, e refluxos místicos,
traçados sobre a morfologia romântica do verbo amar
Reinvento idiomas esquecidos, borrados reprimidos, exilados
No palco do meu devir
Para ter incontáveis possibilidades de te sentir.
(Edna Frigato)
*https://www.youtube.com/watch?v=KNZH-emehxA