DEVIR

Embriagada de poesia

Vago pelos versos ébrios do teu olhar

Faróis intuitivos, expansivos,

Exclamativos, luxuriantes, inclinados à sedução

Delírios e provocações sensuais se materializam

Em interjeições de rubras rosas

Desenhando beijos, espalhando pétalas

Numa profusão vertiginosa de cores

Pelos oníricos caminhos dos meus sentidos

Nesse enlevo

Ultrapasso minhas fronteiras geográficas,

Minhas barreiras linguísticas

E numa desordem ordenada de fluxos, e refluxos místicos,

traçados sobre a morfologia romântica do verbo amar

Reinvento idiomas esquecidos, borrados reprimidos, exilados

No palco do meu devir

Para ter incontáveis possibilidades de te sentir.

(Edna Frigato)

*https://www.youtube.com/watch?v=KNZH-emehxA

Edna Frigato
Enviado por Edna Frigato em 24/08/2015
Código do texto: T5356961
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