Eu queria o Patativa vivo
Eu queria o Patativa vivo
Pra dar a ele o abraço de mais um fã
Eu queria o Patativa vivo
Pra chorar, junto a ele, pela morte de Nanã.
Eu queria o Patativa vivo, vivão
Falando sobre o sertão
Falando sobre a paixão
Que ele tem por aquele mundão.
Eu queria o Patativa vivo
Novo como antigamente
Ou velho como antigamente
Mas eu queria o Patativa vivo
Pra falar que eu faço poema com rima
Porque também me deixa mais contente.
Eu queria poder gritar pra ele
Que tem dor que mata a pessoa
Mas a dor da saudade mata
E mata bem matado, que chega os sino soa.
E nesse mesmo sertão ele suava
E os poema cantava
E pros oto falava
Que as poesia rimada
E, ainda que no sol, recitada
Com a intenção afagada
De que o nordestino tem vida
E tem a vida muito cheia
De suor e lágrima poetizada.
Volte, Patativa
Mas, se não puder
Entenderei
Já se encontrou com Nanã e agora poetiza com fé.
Você mostrou que pra ser inteligente
Não precisa de nenhum desses livro de estudação
Criou esse ensinamento, e ainda mostrou que os rico
São rico mas não são rico de compaixão.
Eu queria o Patativa vivo
Pra continuar ensinando coisa boa todo dia
Eu queria o Patativa do Assaré muito vivo
Pra doar e ensinar pro povo o que é poesia.