LABAREDAS
Quem vê aquela alma capenga
com olhar de cachorro perdido
não imagina as fomes que acariciou.
Quem vê aquela lágrima perdoada
com cheiro de quem não volta mais
não imagina quantos ventos tiveram que abençoar.
Quem vê aquele doar maltrapilho
com labaredas secas a perder de vista
não imagina as dores que disseram sim.
Quem vê aquele sangue desparafusado
com marcas de medo incrustadas a granel
não imagina o limbo aflito que se fez chão.
Quem vê aquele sonho imberbe querendo voar
com todas garras de Deus pedindo abrigo
não imagina a vida avarandada que só fiz de mim.
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