LABAREDAS

Quem vê aquela alma capenga

com olhar de cachorro perdido

não imagina as fomes que acariciou.

Quem vê aquela lágrima perdoada

com cheiro de quem não volta mais

não imagina quantos ventos tiveram que abençoar.

Quem vê aquele doar maltrapilho

com labaredas secas a perder de vista

não imagina as dores que disseram sim.

Quem vê aquele sangue desparafusado

com marcas de medo incrustadas a granel

não imagina o limbo aflito que se fez chão.

Quem vê aquele sonho imberbe querendo voar

com todas garras de Deus pedindo abrigo

não imagina a vida avarandada que só fiz de mim.

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Oscar Silbiger
Enviado por Oscar Silbiger em 23/08/2015
Código do texto: T5356707
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