sina de poeta

canto o cotidiano

meu dia – nosso dia

canto sem sobrenome

sem santo –

canto minhas fomes

meu pranto

sem lamento

e tento – com ele

passar o tempo –

canto sempre

o canto

que dá

na garganta

quando encanta

a filosofia –

sem dono –

o amor

o abandono

a letra dança

no peito

a rima avança

até voltarmos

criança

a cantar

o sonho

o caminho

que proponho

neste canto

sem espanto

simples sina

da vida –

não termina

segue

pela rima afora

cantada

sem demora