MIRTES EM A LEVIANA DE SÁCIAS - AVULSA

MIRTES EM

A LEVIANA DE SÁCIAS

AVULSA

A caverna está no alto

o vento desce baixinho

os pés do andarilho veloz

não quer vender a alma

traz a deusa de vênus

pra perto das damas

as amas dos entediados

num copo e meio copo

de qualquer álcool

tramando perder a culpa

que a lupa dos modos

subjulga alados

os anelados do cansaço

no fracasso de interesse

pagam todo preço

pelo endereço

da sorte vista consorte

de todo volume esbelto

outro corpo descoberto

na abertura logo abaixo

deixada fissura

que sobe

no mais fraco sentido

o amigo das horas do aflito

o inimigo que assombra

fantasmas

nas casas deixadas

no tempo

onde tudo que é exposto

que possa ser oco

fala

onde o sopro vagante

ofegante insistente

sobe carente

exala

ela passa com o cetro

empossado de beleza

cetro brilhoso

certeza de poder

cetro orgulhoso

tem uma cadeira

que aguarda

onde guarda postado

deixará seu cetro

no terminal das pompas

a desonra convence

o mar de ondas

aquece o inteiro viscoso

que desce pelas pernas

sugam os perigos

que sonho em névoas

soltas pela boca

alguém do vale dos mitos

precisa subir

preciso sair

la de cima.