Ninguém me lê
Choro quando quero sorrir
Sei gargalhar quando estou triste
Esqueço do que lembrar
Me esforço tanto, que desisto
Me divido ao partir
Sob a lua me abrigo
Me lembro de esquecer
Então ao morrer sobrevivo
Pernas e braços fortes
Visão turva e ambígua
Me distrai a leveza da morte
Olhos e lábios oblíquos
Tudo tanto tanto faz
Vitalidade se esvai
Blocked mind
Postura de quem quer mais
Elegância de quem não cai
Broken heart
Tudo em silêncio conciso
Todo em aparência nítida
Será a verdade mentira?
Terão meus anversos leitura?
Quantas frentes?
Quantos lados?
Quanta liberdade
Em cada estrofe abjurada?
Quanta centelha de esperança
Em cada palavra?
Quantos inícios? Quantos finais?
Quantas retomadas?
Tudo nada nada mesmo
Vou andarilhando a esmo
Blind
Me arrastando com elegância
Repetidor de baixa frequência
Can’t find
Senso
I don’t read
You laugh
Você não lê
Eu recomeço