PORTAS DE RUA

Adoro portas espelhadas

Do centro da cidade,

Nas ruas mortas dos fins de semana,

E, passo na rua, sua,

Onde o trem dorme sossegado

E o pipoqueiro nem existe.

Adoro estas portas espelhadas

Onde acomodo os cabelos

E a camisa

Nas

Calças.

E vaio o vento

Que balança a chaminé.

Desperto o meu medo,

De faro aguçado.

Acordo um telefone

Mudo,

Surdo,

Numa sala trancada.

Esperança,

Num desses espelhos,

Estarás amada,

Retocando o batom,

Pela janela oposta.

Dayde W Nikolas
Enviado por Dayde W Nikolas em 22/08/2015
Código do texto: T5355618
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