SÚPLICA
SÚPLICA
Um azul infinito
Profundo sem fim
Sem brancas nuvens
A nublar meu pensamento
Por onde andará o plúmbeo
Que tantas águas trouxe
Será que envergonhou-se
De surgir amiúde
E resolveu esconder-se
Sob a terra avermelhada
Guardando só para si
O líquido da vida
Daí que cava-se a sepultura
E o pó de tantos corpos
Perde-se pelo ar
A nadar pela secura
E apenas a sentir
Águas salgadas
Que rolam pelas faces
Em súplica por apenas
Uma gota ao menos
De chuva