Penitência.
Na neblina fria,
Do silêncio oculto, o vento mudo,
Nada dizia.
Congelava a dor e antipatia
Pelo mundo de almas perdidas.
Não era Deus nem tão pouco demônio,
Mas me sentia o julgador.
Não reprimia a dor de não amar meu eu,
E me torturava como um sádico que necessita sofrer.
Jurei viver,
Cada segundo a mesma dor de todos os dias,
E nas lembranças frias
Das minhas desilusões
Clamava ardentemente
Para que essa dor permanente
Me fizesse morrer por todos eternamente.