A ÁRVORE DA VIDA

A ÁRVORE DA VIDA

A vida esta sendo decentralizada,

O amor seca como seca o sertão,

A videira seca franzina é sozinha,

São vícios que decentraliza o amor,

Ou é a falta do amor que tudo mina?

Na dança da vida todos usamos foices,

Somos podados e podamos e vivemos.

Sou foice, sou árvore, sou vida e morte.

Cobro e sou cobrado e assim cresço.

Centralizo em meu tronco toda a seiva,

Vivo e reparto meus frutos e a sombra.

Agora, quem não teve aparas virou mato,

Pegou praga e na praga fica apenas morre,

Descentraliza a vida, a família, tudo mais.

A culpa seria da falta da foice ou o que?

O amor não deixa crescer soltos os galhos,

Com galhos doentes são lançados ao fogo.

Se não podado o galho doente matara tudo.

Amar é podar galhos doentes sem ter dó,

É amarrar estacas para direcionar o crescer.

A árvore forte teve amarras e estacas,

Teve podas e passou por queimadas.

A árvore fraca cresceu solta e ao leu

O falso amor a matou e nada fez...

E agora na mata o cupim a come,

Esperando a queimada chegar e leva-la

Talvez numa poeira branca... Talvez?

André Zanarella 20-10-2014

André Zanarella
Enviado por André Zanarella em 21/08/2015
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