Valsa do Desespero

Eu podia estar lá, me ludibriando,

Mas reconheço a languidez deste

Corpo extenuado da devassidão,

Anseio apenas uma boa companhia,

um vinho, o calor do cigarro,

uma boa conversa sobre Pink Floyd

Enquanto dançam a valsa do desespero

posando com suas máscaras de cera

que ao alvorecer derretem como

As asas de ícaro.

Pudera eu condenar suas incensantes

Buscas por algo que possa livrar-lhes

do tédio, este demônio que deus jamais

Deveria permitir caminhar sobre a terra

Quanto a mim... as vezes sinto que

o tempo, logo, irá enfim findar,

o sangue que pulsa em minhas veias

irá parar de coagular,

a última página do diário irá virar.

Ph Vieira
Enviado por Ph Vieira em 21/08/2015
Reeditado em 21/08/2015
Código do texto: T5353802
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