SEM MEDO

Por ora, vem

asas não tenho

ninho tépido faço com meu braço

refúgio certo quando a dor não poupa

palavras doces e

silêncio breve onde o sal se cristaliza

e da mistura, a dose que você precisa

não te prendo, teto e abrigo

não dói estar comigo

remanso e agasalho

farol e brisa

manhã cadente em tarde roubada

ao anzol da rotina

carícia na mão que conduz a lua

ao céu escuro

quando o desejo alucina

vem, menina

esse punhado de estrelas

nos teus cabelos

são os poemas que a noite

escreveu sem rimas

são o adorno da saudade

nas tuas crinas

tenho a esperança por necessidade

e a inquietude como sina.

ROSE VIEIRA
Enviado por ROSE VIEIRA em 20/08/2015
Código do texto: T5353521
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