Estranho perfilamento
Estranho perfilamento
Segue forte o norte da escuridão
Perfilando as faces antagônicas
Massificando a vil robotização
Junto a gargalhadas sardônicas
As letras ficam turvas e ilegíveis
Expressões vagas e determinadas
Pensamentos tão incompreensíveis
A palavra morta e agora deteriorada
Cérebros ligados no automático
Não exigem uma forma de existir
Aculturação é o fator sintomático
Aprender “sinônimo” de oprimir
Queimemos então nossos pergaminhos
Aceitemos a inércia como condição
Que trilhem por nós os nossos caminhos
E como robôs aceitemos a nova programação
Eduardo Benetti