DAs MÁscaras e OUtras MEntiras
A ti, meu caro, que vê meu rosto
Sempre maquiado e sorridente
Bonito e bem cuidado
A ti, meu caro, que vê minha postura
Que exala autoconfiança
Desfilando meu estilo incomum
Desafiando os transeuntes a um segundo olhar
A ti, meu caro, que vê minha voz
Firme, que não titubeia para ninguém
Esta boca que sempre tem resposta e opiniões
A ti, meu caro, que é enganado
Diariamente por esse personagem
Que interpreto a perfeição
Dedico esta confissão
A ti, arrisco minha perfeita interpretação
Do que almejo ser, sem jamais adotar
No íntimo e na essência a totalidade dessa farsa
Por mais bem executada que seja
Não te iluda pelas palavras duras que te dou
Não se intimide pela raiva dita em olhares
Não se irrite pelo ar blasé e indiferente
Não se esqueça de todas as lágrimas que por ti derramei
Não esqueça os sorrisos, que para ti são inesgotáveis e fáceis
Não se esqueça que as palavras sobram quando o coração por alguém
Não se esqueça que - como dizia a canção
Amores que matam nunca morrem
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