Portas
Nada fitam, ouvem, pura afasia...
Da liberdade ou violenta prisão!
Porta da rua, abençoada moradia...
Mostram tempestades, amplidão!
Triste leito de morte, gentil estadia...
Que seja um casebre, bela mansão!
Abrem um mundo novo, dinastia...
Da juventude perdida, pura agressão!
Portas do coração, apreço ou avaria...
De uma beleza doce, mau sem solução!
Liberdade aos nobres, jaz total covardia...
Portões para a vida, pobreza ou ascensão!
Para muitas pessoas te leva, João ou Maria...
Portas que guardam murmúrios de paixão!
Para um mundo de paz, se eu pudesse abria...
Sem lacerante tortura, nem grito de exaustão!
Quem dera somente, porta da felicidade existia...
Para que pudéssemos ter todas as chaves da razão!