VIDA CRUEL

VIDA CRUEL

Sem documento

Sem dinheiro

Sem amor

Vida difícil 

Quero refúgio

Acordo e olho em volta

Carros a passar

Gentes a passar

Estou ali a vegetar

Meu cobertor é papelão

Minha cama é papelão

Meu café da manhã

É esmola do desconhecido cidadão

Banho tomo todos os dias

No chafariz da praça

A missa aos domingos

Não perco por nada

Vida cruel é a minha

Correr de tudo e de todos

É um desafio viver

Preciso de ajuda

Para sobreviver

Antonio Lima

11-08-2015

LIMATONY
Enviado por LIMATONY em 19/08/2015
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