Mea-culpa
Tão pesado este fardo de culpas,
que me verga o espinhaço e me assusta;
enfraquece-me o corpo e a alma chora.
Exausto, já penso em ir-me embora...
Tantas e tantas culpas ou faltas
em anos mais anos na ribalta
da vida. Efêmera na alegria,
incerta, tão prenhe de arrelias.
Dia desses deito o fardo no chão,
e eu mesmo me ponho no caixão.
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que me verga o espinhaço e me assusta;
enfraquece-me o corpo e a alma chora.
Exausto, já penso em ir-me embora...
Tantas e tantas culpas ou faltas
em anos mais anos na ribalta
da vida. Efêmera na alegria,
incerta, tão prenhe de arrelias.
Dia desses deito o fardo no chão,
e eu mesmo me ponho no caixão.
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N. do A. – Na ilustração, A Expulsão do Paraíso de Massaccio (Itália, 1401-1428).