Mea-culpa
 
Tão pesado este fardo de culpas,
que me verga o espinhaço e me assusta;
enfraquece-me o corpo e a alma chora.
Exausto, já penso em ir-me embora...
Tantas e tantas culpas ou faltas
em anos mais anos na ribalta
da vida. Efêmera na alegria,
incerta, tão prenhe de arrelias.
 
Dia desses deito o fardo no chão,
e eu mesmo me ponho no caixão.


_______
 
N. do A. – Na ilustração, A Expulsão do Paraíso de Massaccio (Itália, 1401-1428).
João Carlos Hey
Enviado por João Carlos Hey em 19/08/2015
Reeditado em 12/06/2021
Código do texto: T5351339
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.