Ao Trovador...
Basta que olhe o universo — e nasce a trova
—no teu silêncio— e é assim que prova
o quanto és poeta — em teus versos—
a falar de amor, de saudade, de passado...
Ah! Esse sim, trovador, é teu mais belo fado,
que desafia a poesia e teus complexos...
E é assim quando rompe — no céu — a lua,
que te empunhas a pena ou a viola nua
e dissolve teus sentimentos nas rimas tantas.
E versas... Versas ao passar das horas,
até a fronteira imponderável das auroras,
uma trova ou uma canção— Ah! Quantas!...
Ah! Encanta-me esse mundo em que habitas
tão cheio assim de versos feito fitas
—esta desordem de sentimentos —
que se entrelaçam em palavras e cordas.
Ah! Encanta-me esse viver assim pelas bordas,
feito boêmio — os sonhos aos ventos...
Um homenagem atrasada ( foi em 18 de julho) aos trovadores, esse ser lírico que existiu desde a idade média e que nos encanta sempre. Parabéns a todos os trovadores do Recanto.
( Imagem google)