Requiem
Seus olhos são espelhos d’água
Castanhos profundos, sinceros,
Portas que levam a alma
Ao mais escondido dos segredos
Cidade perdida no meio do nada
Vila do sossego,
Me desassossega esse olhar
Quando me desvenda
Quando me cava, me remove
Da mais profunda areia
Feito relíquia, tesouro
Me traz à luz, me incendeia
Seus olhos são espelhos d’água
Onde me vejo no Narcisismo perfeito
Onde bebo até fartar a sede
Onde colho a flor mais bela
Labirinto onde me perco
Quando acho que conheço tudo
O avesso do comum, o passo
Caminho que se pisa em estrelas