A pedra no meio do caminho é tua pedra mortuária.
O que vale nessa vida é a desgraça que se fez,
o leite derramado não derrama outra vez.
Aquele feito não feito, consome a mente,
nunca some da vontade. Nada vale,
vale mais passar o rodo.
Diante mão, peço perdão
pelos atos dessa vida –e que vida essa,
de levar uma vida inteira para viver e nem viver.
E do nada como uma última cartada
a vida - não, mas, é nada. Tudo que nem se fez
foi por terra a baixo.
Neste dia junto com a pedra no meio no caminho,
a retina fatigada fecha as pálpebras.
O Partenon da História vira nada.
O Livro e a América viram pó.
Já não há retorno nem Memórias Póstumas.
Neste dia, ultrajante, o defunto da Viuvinha ficara viúvo.
não te desespere.
este dia é todos os dias.
Todos os dias são para o fim
06 de junho, 2015.
Heberson Marinho