Selva de Pedra, Pessoas de Plástico
Percorro as ruas da cidade,
Meus olhos buscam de um lado à outro.
Onde está o amor?
Pessoas vem e vão, apressadas.
O músico toca seus clássicos.
Notas, acordes, uma canção...
Uma moeda ou duas em seu chapéu.
O trânsito parado,
Motoristas impacientes, com suas buzinas e palavras furiosas.
A grande avenida cercada por arranha-céus
Cada um mais alto que o outro,
Como se fosse uma competição para ver quem alcança primeiro o portão do céu.
A mãe "arrasta" o filho,
Passos largos e olhar fixo no horizonte.
A cidade está cheia de pessoas
E vazia de almas.
Meu corpo entre os outros,
Se perdendo na multidão.
Coração parado, sangue gelado.
Meus olhos continuam a busca incessante...
Ainda tem algo em mim que acredita na salvação,
Uma voz silenciosa que grita por socorro no vazio do meu eu.