PROMESSA
PROMESSA
Já era uma aspiração antiga
E agora "já pode ser tarde",
Mas era "numa canção amiga"
Que eu te mostraria como o meu coração arde.
Essa canção seria "o barquinho da esperança"
Para te levar o meu amor.
Mas, "num olhar" de confiança,
Consegui ser eu o transportador.
Cheguei por fim ao meu destino,
Vindo da "cidade mar" com esta veia,
Para esse "canto de passagem" pequenino,
A mui nobre e sempre leal Grande Aldeia.
Mas a minha "maneira de ser"
É em tudo diferente,
É a todos bem querer,
É o "silêncio de tanta gente".
"Quero-te, choro-te,
Odeio-te, adoro-te".
Mas chorar e odiar, porquê?
Por não estares ao pé de mim, já se vê.
Mas "este quadro" singular
Em que "notícias vêm, notícias vão",
Há-de algum daí acabar,
Nem que tu digas que não.
Neste "tricot de cheiros"
Em que a saudade abarrota
Nós não somos os primeiros.
É mais antigo que "a padeirinha de Aljubarrota".
E foi "pelo fim da tarde"
Que eu enfim percebi
Porque é que o meu coração arde:
É por causa de ti.
Mas "que coisa é esta vida?"
Será o fruto do nosso desencontro?
Eu aqui te prometo, minha querida,
Está para breve "o nosso encontro".
NOTA: Entre aspas estão os títulos das canções concorrentes ao festival da canção de Portugal de 1995. Mais uma brincadeira das minhas