A VIA CRÚSIUS SENSUALITY
A VIA CRÚSIS SENSUALITY
Horas marcadas
espelhadas “relógio de prata”
pulso diamante
intocado
invoca fissuras
do possível
que crível poderá nascer
em sonhos olhados
tons molhados
reflexo invisível dela
partiu depressa
louco às pressas
presa correndo
no expresso trem avulso
de figuras
tornadas repulsas
pelo desejo
ela foi ao ar carente de luz
fumar um crivo
olhos claros de certo
olhos vivos
são azuis celestes
verdes incríveis
qual flor caberá
no alabastro desenhado
serão castanhos
vaso coberto de pétalas caídas
quando enamorar
teu corpo
viverei estranho
ela apaga o sereno
pintado de lábios
boca brindada de vinho
será vermelho
de perto sonho
vem vindo
me dê sua cor secreta
dialeta meu signo fantasma
na calma doente
vampiro suor desfalece
firmezas
pertence a tudo
que veste
o charme das ondas
no “lago negro tecido”
que sinto andar
cinta de igual ato
sapato alto
vermelho em pose
quero nadar
nada que passa
tem um lugar escondido
um altar perdido
entre todos
entre os bandidos
e os falidos anelados
disfarçam brutas faces
querendo roubar
irei até lá
um beijo em mãos francas
falando de outro
tão puras quanto brancas
falando de outro
obrigada senhor gentil
obrigada
um gole por taça me torno
entorno desejos
despejo de áurea
por suor
ela viu um doce andar
sobre o dorso peculiar
vindo da suíça
tão frio como neve
tão leve vacina me cura
loucura estremece
o canto vulgar
de um lugar vazio
o amor tem uma leve dor
que sobe devagar
o hipnótico carinho de dedos
o medo vencido
prefere o medo crescido
prefere o medo dentro
insere o medo agônico
sinfônico de notas agudas
pasmem de tudo
criado muito cedo
paz de luto inferno
sobretudo
que interno tinha
vivendo ...