desaforismos

Que te passa, hombre?

A mim, nada,

A mim já se passou...

Não gosto de feriados...

Formam um vácuo no tempo

Os problemas se amontoam

Para o daí seguinte...

Quando tudo fica doído

Até o pensar perde sentido...

Poesia é labirinto.

Tu dizes o que passa,

Eu digo o que sinto...

Com a idade os passos

Encurtam, Talvez porque

A pressa não seja

O principal assunto.

No escuro da caverna

São pontos de luz neste escuro,

Reflexos da poça de água

Que se fazem sentir nos poros.

Caverna... Caverna...

Quando foste minha casa?

Boi de piranha

Cada movimento à frente

É um petisco que se põe no rio

Para salvar toda a manada...

Guardei o sol de ontem

Para o dia chuvoso hoje.

Procura aí pelas gavetas,

Que a memória às tem tantas...

Encontrará meu sol,

Meu riso, meu choro,

Que continuo esperando

Esse tempo chuvoso

Para soltá-los todos...

Das desnecessidades

Do livro ponto de vista

É desnecessário

Relembrar os maus momentos,

Onde a dor foi maior...

Desnecessário

Conviver com a falácia do poder,

Que fere ouvidos...

Põe-se a revolver sentimentos

Hostis ao sentido de ser.

Será desnecessário

Remoer as dores que feriram

Por profundas...

Só é preciso esquecer...

Que as dores cicatrizam,

Os momentos confraternizam,

Os falaciosos se calarão

Por impossível ser ouvido,

E ver, com algum sentido,

O necessário passo ido

Desfazer-se...

Sergiodonadio.blogspot.com

sergio donadio
Enviado por sergio donadio em 14/08/2015
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