O que procuro

O que procuro nesse mundo tão pequeno?

O que não cabe em minhas mãos?

O que não tem preço? Ou é de ouro?

O que procuro? Se não tem medida, se não tem corpo.

Eu procuro uma flor sem nome em um jardim sem fronteiras?

Procuro um inseto ou planta raríssimos que podem curar-nos?

Ou procuro a mais nova invenção antimonotonia?

Procuro um dia bem maior que um dia?

Procuro uma casa pequena repleta de janelas!

Com telhas francesas e portas abertas

Que receba as pessoas, que possa protegê-las

Que lhes dê carinho, calor e sossego!

Procuro tranquilidade – Não! – Procuro ação!

Mares bravios, terras remotas

Onde eu me procure, me ache, me perca!

Procuro algum alento, memórias em revoada

O destino, o ocaso, um Sol, um vinho

Uma lágrima, um sorriso, o tudo, o nada

Procuro em mim, o absurdo ou a razão?

Uma mudez sem motivos ou um grito?

Procuro a paz, o amor, o respeito

Uma ponte para o sempre

Procuro o infinito.

Gilmar Fernandes Martins 23/04/2015