OBRIGADO

OBRIGADO

Obrigado por destruir meu coração,

Transforma-lo em pó em dia de chuva.

Cacos miúdos espalhados ao vento,

Presos as asas de um belo anjo azul.

Das cinzas viro lama e da lama homem.

Amo-te, não negarei essa afirmação,

Mas ser remodelado dói como nascer,

Como ser cometa que derrete no caos,

Que acha uma lógica na bagunça da criação.

Queria você ao meu lado dia e noite,

Mas obrigado por partir e me deixar caído,

Pois sei que mesmo caído posso ama-la,

Aceitar a gata e víbora no mesmo ser,

Pois no novo molde para você tenho asas,

Talvez eu seja anjo, ou seja, um demônio,

Ainda não sei, pois não me olhei no espelho.

Obrigado!

André Zanarella 18-01-2014

André Zanarella
Enviado por André Zanarella em 14/08/2015
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