Clara
Me pego colhendo pensamentos,
num jardim gentil.
Sou eu lobo em lua minguante,
e os colho um-a-um, que de cheio, já basta eu,,
Como erva daninha,
como bailarina,
num jardim de flores claras,
num dia comum.
Clara essa imensidão dos teus olhos,
capítulo nunca lido,
posto de lado no infinito,
aonde o sol encontra o mar,
a lua, a-mar, a sua,
a nossa história.
Pétala manchada num dia ruím,
na manhã chuvosa do meu jardim,
que é onde colho pensamentos,
em obras raras,
que ficaram na história,
de forma clara,
calara as vozes do pensamento.
(Rodrigo Frigato)