Lamentos do criador
Saudades do passado ascendente,
quando o embrião da humanidade
alimentava-se no seio da mãe natureza
e uma garbosa aurora planava sobre os céus.
Dei-lhes solo para plantar,
Dei-lhes o instinto da sobrevivência,
— Óh céus! O que fizeram?
Deturparam a mais bela obra de Monet
Os relâmpagos que ouvem
São minha fúria interior,
ao fim de cada noite, meu fígado
é dilacerado por sua gula que
em breve consumirá sua terra.
A tempestade que hoje cai,
são minhas lágrimas que escorrem
por suas ruas tóxicas, putrefatas
de ódio, ganância e maldade
saudades de quando partilhavam
o pão, o milho e água sem nada em troca,
o bem coletivo era a base de seu povo
Não importa sua religião,
foram criadas sob falsas verdades
E o amor? Corromperam-no!
O amor está além de preconceitos,
não importa por quem se apaixone,
Apenas ame o próximo.