MENTE IRAS MINHAS

MENTE IRAS MINHAS

O gosto do cálice

derramado outra noite

tinha gotas sublimes

vitrine deslizava

suores da rua

da nua compassiva

avenida

que levava o encanto

por debaixo da chuva

composta distraída

dos meus olhos

fraquejava o inferno

cadenciado

de termos usados

sentidos passados

sentindo vicerado

comprimindo agonia

que sabia saída

pela boca

poderia ser mortal

o vendaval

desordem do fraco

no atemporal que vive

lado a lado

outro lado

pode ser mais bonito

que aquilo

que pensas incomoda

que a desforra

do bilhete deixado

traduzido pelo coração

dilacerado

pertencia ao mundo

que mundo agora mudo

tem tudo igual

de igual visto

querido fantasma vivido

querida alma vagante

ofegante me entrego

as mentiras de amantes

colhidas a esmo

quando logo cedo

servido ainda de calor

desce num simples

dizer adeus

frio de amor

pobres linhas rasgadas

na cólera

pobre agora

tenho a mim mesmo

espelho devaneio louco

minha sombra não fala...

MY MIND IRAS

The cup taste

shed another night

I had sublime drops

sliding window

Street sweats

the bare compassionate

avenue

leading the charm

By the rain

composed distracted

my eyes

faltered hell

rhythmic

Used terms

past senses

feeling vicerado

compressing agony

I knew output

orally

It could be deadly

Gale

weak disorder

the timeless living

side by side

other side

can be more beautiful

that it

you think bothers

the rematch

the note left

translated by heart

torn

belonged to the world

that world now silent

It has all the same

equally seen

dear lived ghost

dear soul wandering

panting surrender

the lies of lovers

picked at random

when early

still served heat

down a simple

say goodbye

Cold Love

poor torn lines

in anger

poor now

I myself

Mirror mad reverie

my shadow does not speak ...