Do Silenciar
Devo silenciar os gritos do coração
pra poder escutar a minha alma discreta
que nunca vai me falar com a voz de trovão
pois só deve trovejar uma alma profeta.
Essa carnal surdez...esse romantismo vão
grita insensatez nos ouvidos do poeta;
e pela timidez...pela doce discrição,
a alma, outra vez, apenas lamenta queta.
Sinto seu lamento; não ouço a voz, porém;
num mudo sentimento que não muda meu dia
pois a todo momento grita (na poesia)
a rima bonita que, na surdez, me mantém
e que acredita ser voz da alma também...
que, quando é dita, me faz crer na fantasia.
09-08-2015