SONETINHO DA DESILUSÃO
- SONETINHO DA DESILUSÃO -
INTERAÇÃO AO SONETINHO TORPE, de PUETALÓIDE
Declamei meu amor, ora sentido,
Um sentimento leal e profundo,
Imaginando-o real e fecundo,
Sendo por ti, também correspondido.
Doce ilusão que se apaga e castiga,
Tanto querer que meu peito embalou,
Como se fora cantigas de amor;
Ledo engano... Gerando intriga!
Oh ilusão... Meu peito marca a fogo,
Sonhos desfeitos... Tido mero jogo;
Que só me traz o descontentamento.
Que morra em mim, enfim, todos os sonhos
Que morra o amor... Poemas enfadonhos
Libertando-me, de ti, o pensamento!
(Aila Brito)
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SONETINHO TORPE
Que morra o amor... - O sentimento -
Esse coisa q'eu um dia declamara tanto
Que foi-me ilusão... - Sublime encanto -
... E agora fadado ao esquecimento.
Que morra o instante, cada momento,
Da alma em querer, em sentir, em confronto.
Em supremo sonhar. E por espanto...
Alegre... Feliz... Em contentamento.
E ainda q'eu siga pela vida sem rumo,
Sem giro, sem tino, sem mira, sem prumo,
Ou seja minh'alma, infeliz, descontente...
Que seja-me dado, em momento oportuno,
A morte dos sonhos. E em fração de segundos,
A morte do amor... Definitivamente!
(Puetalóide)