MEMÓRIA DO FUTURO
Se ando por estradas
pelas quais já trilhei
tropeço
numa pedra
que não está onde já tropecei
Não vejo
aquela árvore
da qual já aproveitei
a sombra
e o doce fruto
agora o que vejo
é ausência que me assombra
Mas enquanto refaço meu caminho
que já perdeu suas coisas
minha memória do futuro
diz-me exatamente
onde será meu último ninho
onde e quando morrerei
Assim que posso
ali no futuro
onde estarei num instante
rapidamente farejo
meus destroços feitos de ossos
que jazem vivos em minha
memória de elefante
pelas quais já trilhei
tropeço
numa pedra
que não está onde já tropecei
Não vejo
aquela árvore
da qual já aproveitei
a sombra
e o doce fruto
agora o que vejo
é ausência que me assombra
Mas enquanto refaço meu caminho
que já perdeu suas coisas
minha memória do futuro
diz-me exatamente
onde será meu último ninho
onde e quando morrerei
Assim que posso
ali no futuro
onde estarei num instante
rapidamente farejo
meus destroços feitos de ossos
que jazem vivos em minha
memória de elefante