Frutos Avulsos!

Espectros diurnos entre espetos noturnos,

Espinhos que se gravam no pescoço radioativos,

Pingente que pingam quente na sola do solo,

Vampiros de ar nas fornalhas dos Urais,

Achas queimando para cadinhos & caldeirões,

Da última travessura, travessa da ré partida,

Um brilho néon para montar a potranca,

Outra vagina alada preparando temperos mágicos,

Dobrou mais uma esquina, farol abriu, Nautilus,

Apontou o arco-íris na fachada, iluminou a rua,

Não ser mais um pedaço de carne sentado no sofá,

La vai outra correndo nua na avenida de baixo,

Olhou o parapeito, metropolitano, hora das contas,

Cortou pela metade, a metade da metade, meios,

Meia Furada enquanto navega no silício,

Coçou o olho, a barriga, a crosta terrestre,

Caçou dragões, gárgulas, entre outros malditos,

Outra garrafa de vinho voa vazia pela janela,

Tabaco apertado pela falta, tudo fechado, feriado,

Dia sem parque, sem trocas, andam faltando beijos,

Não invente novas estórias, a história é outra,

Fuga de palavras para causar alguns ciúmes,

Ou fala sem pensar, achando que não vai machucar,

A veia pulsa no pescoço, tensa, nervo teso,

Tenta mudar a rota da roda sem sair do lugar!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 20/06/2007
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