Minha Cura
Por quanto tempo eu não sei o tanto,
Eu lacrei o pranto e calei meu canto,
Dobrei a língua, maquinei meu choro,
Abrandei o ritmo e me perdi no coro.
Por tão veloz o vento esfria a mente,
Eu apaguei o fogo e matei a serpente,
Cobrei a fatura, creditei na amargura,
Abortei o desejo e me prometi a cura.