RESILIÊNCIA ! 124

Pela espessa densidade do tempo,

Não transponho a linha tênue que nos separa,

Dou um passo em tua direção e algo me para,

É a dura parede invisível, do desencanto...

E assim, permaneço estática e cega,

Minhas forças já inúteis se esvaem de mim,

De nada valeu, da alma a pura entrega,

Se agora podes ver, meu triste fim...

E enquanto a noite escura, de tudo toma conta,

Meu corpo ainda frio, lentamente se levanta,

Veste o manto pesado da solidão,

E sai, procurando apoio, libertação...

Uma fina garoa, aos poucos me desperta,

Gemendo, te arranco do peito a chaga é aberta,

De minhas mãos trêmulas, escorrem os restos teus,

Meu coração liberto... Enfim te diz... Adeus...

Lani (Zilani Celia)

Lani (Zilani Celia)
Enviado por Lani (Zilani Celia) em 08/08/2015
Reeditado em 11/08/2015
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