Sonho no Bolso e Fome de Angu

sururu no baticum olhei no azul

e vi amores proibidos dançando nus

a terra da cachaça é a lua

onde o porre é a crendice do caipira

que não se tatua

a memória é a página que não vira

eu pego o trem azul da prata manchada de céu

e chego sonho no bolso e fome de angu,

a fome no bolso o sonho de angu,

barco de papel na banheira

a minha viagem é olhar até aonde vai a rua e créu,

desapareço mente adentro apaixonado por alguém

que ainda não existiu mas viu o lado de lá da feira

em que a saudade tem a idade da loucura

e só a dúvida mostra o peso do vento porque o amor dura

o quanto do homem fica na conversa de bar com ou sem luz