Paradigma

Sou o outro lado da renúncia enigmática

A parte cômica duma peça de terror

Sou a penumbra ofuscando a claridade

E a vaidade, do sorriso do ator

Sou paralelo debatendo a incoerência

Unanimidade na verdade do perdão

A inversão dos valores pragmáticos.

Analogia sem a lógica da razão

Sou decadente nessa busca inusitada

Por onde a fada, desconhece o bem querer

Qual similar do genérico do engano

Sigo profano pra zombar desse sofrer

Eu sou miúdo e cheio de convicções

Ainda assim, sou o tropeço da discórdia

Um paradigma que se entrega ao burburinho

Pra ser sozinho, no outdoor ou na moldura.

Marçal Filho
Enviado por Marçal Filho em 07/08/2015
Reeditado em 18/05/2024
Código do texto: T5338477
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