LAVRA LIBERTINA
O mar resvala a língua
sobre a areia,
cio permanente
entres os astros distraídos.
Alvorada e
crepúsculo se alternam
sobre a abóbada dessa alcova
ardente.
A areia em afável entrega,
e o mar com sua lúbrica
língua salgada
segue em sua lavra libertina.