Cobras e lagartos
Cobras e lagartos povoam meu texto
Eu não peço desculpas e nem esqueço
Piratas e salteadores saqueiam nosso cesto
E nas manhãs de sol e nas noites de lua
Passeiam tão vorazes percorrendo nossas urnas
São bandidos chancelados e diplomados
Que não se escondem e estão nas ruas
E em gabinetes fazem seus jogos
E nos prostíbulos do DF as melhores são as suas
Não lembram que as outras que os pariram
Muitas vezes foram às ruas
Pra pedir democracia
Pra sentir o cano frio
do soldadinho de chumbo
E os perdigotos de coronéis
com suas bocas de latrina
Cobras e lagartos povoam meu texto
E é do cesto da nação
Que saqueiam suas propinas