Copo D'Agua

As águas escoaram até a ultima gota,

Aquele líquido liquidava-me,

E ia e vinha,

Debatia-se nas paredes transparentes.

Transbordando aos pouquinhos,

E eu me via indo e vindo,

Debatendo e perdendo,

As águas escapulia-me.

Da observação quase total,

Submergiam o pensamento,

Ficava ali gelada e fria,

A expelir bolhas de ar.

Estalavam na superfície,

Braços e pernas exaustos,

Uma dor no peito um barulho errôneo,

Mostrava tudo acabando.

O corpo agora saturado emergia,

Pairava um raio tímido de luz,

Cálida pelos reflexos orvalhados,

Algo transportado pelas ondas partia.

Teresa Cristina Monteiro
Enviado por Teresa Cristina Monteiro em 07/08/2015
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