Copo D'Agua
As águas escoaram até a ultima gota,
Aquele líquido liquidava-me,
E ia e vinha,
Debatia-se nas paredes transparentes.
Transbordando aos pouquinhos,
E eu me via indo e vindo,
Debatendo e perdendo,
As águas escapulia-me.
Da observação quase total,
Submergiam o pensamento,
Ficava ali gelada e fria,
A expelir bolhas de ar.
Estalavam na superfície,
Braços e pernas exaustos,
Uma dor no peito um barulho errôneo,
Mostrava tudo acabando.
O corpo agora saturado emergia,
Pairava um raio tímido de luz,
Cálida pelos reflexos orvalhados,
Algo transportado pelas ondas partia.