Sem eco

Como um piano mudo pelo espanto de não ter mais suas teclas...

Como um violino surdo, sem cordas para serem vibradas

Por dedos peritos e doces...

Como uma flauta bem doce,

Cujo som amarga...

Como uma música sem pauta,

Sedimentada nas pedras,

Nos dias, nas horas,

Nos momentos ...

Como um grito ensurdecedor,

Sem eco, mas constante,

Assim chora o coração, nesse instante.