TEMPOS REMOTOS

TEMPOS REMOTOS

Nessa alvorada de sol

Que me faz meio japonês

Piso o asfalto seco

As folhas secas

Respiro seco

Não faço fumacinha pela boca

E meus pés doem

Apertados pela retenção de liquido

Que carrego sapateado

E aí bate a lembrança

Do sereno orvalho quase garoa

Do cheiro de mato molhado

Do pé frio direto na terra

Do frio espraiado pelo corpo

Do olho bem aberto

Querendo enxergar através da neblina

Do menino que sabia

Qual era a estação

Mas não sabia

Onde era o Japão

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 05/08/2015
Reeditado em 05/08/2015
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