TEMPOS REMOTOS
TEMPOS REMOTOS
Nessa alvorada de sol
Que me faz meio japonês
Piso o asfalto seco
As folhas secas
Respiro seco
Não faço fumacinha pela boca
E meus pés doem
Apertados pela retenção de liquido
Que carrego sapateado
E aí bate a lembrança
Do sereno orvalho quase garoa
Do cheiro de mato molhado
Do pé frio direto na terra
Do frio espraiado pelo corpo
Do olho bem aberto
Querendo enxergar através da neblina
Do menino que sabia
Qual era a estação
Mas não sabia
Onde era o Japão